Os novos prefeitos tomaram posse com o desafio de controlar gastos, no comando de municípios que estão, na maioria, endividados. De acordo com o presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, em cerca de 4,5 mil municípios os novos gestores vão enfrentar uma situação bastante complicada. Ele avalia que as grandes cidades estão se tornando ingovernáveis pelo volume de dívidas.
“Tem essa chamada dívida fundada, que são 96 municípios que tem, os maiores do país que devem, junto com os governadores, a parte da prefeituras, cerca de R$ 88 bilhões. E tem uma dívida, de R$ 100 bilhões, que é a previdenciária. Cerca de 5 mil municípios têm essa dívida. Depois, tem a dívida de precatórios, que é grande e não sabe que volume atinge. Só a cidade de São Paulo deve estar entre R$ 30 milhões e R$ 40 milhões. Depois, a maioria tem a dívida com fornecedor, que é a dívida corrente. Tem dívida também com o servidor, diz ele.
O presidente da CNM recomenda aos novos gestores uma série de medidas para o controle de gastos. “O cenário é bastante difícil, complicado, mas os prefeitos que estão assumindo estão bem alertados que deverão já desde de agora, se já não iniciaram, iniciar um processo de contenção de despesas, de requalificação de seu quadro. Não devem nomear novos secretários. E têm que buscar melhorar a arrecadação e melhorar a despesa para tentar refazer essa ponte.”