O juiz federal de Curitiba Sérgio Moro foi ao Rio de Janeiro para uma reunião com o presidente eleito Jair Bolsonaro e aceitou ser ministro da Justiça. O magistrado é responsável pelos processos da Operação Lava Jato na capital paranaense, incluindo os que envolvem o ex-presidente Lula.
Jair Bolsonaro quer oferecer ao juiz Sergio Moro a oportunidade de implantar no governo federal todo o método usado pela Operação Lava Jato em Curitiba.
Trocando em miúdos: propor a Moro o comando do Ministério da Justiça com poderes sobre a Polícia Federal e os principais cargos da instituição; a participação decisiva na indicação do próximo chefe da Procuradoria Geral da República, buscando nome afinado com a Operação Lava Jato; a trilhagem cuidadosa das indicações de magistrados para os tribunais superiores que passam pelo Palácio do Planalto, o comando do Susp (Sistema Única de Segurança Pública), recém-criado por Temer, com inspiração no “modus operandi” do trabalho de Curitiba no combate ao crime organizado, segundo o Blog do Kennedy
De acordo com um político que participa das discussões do entorno de Bolsonaro, a ideia é trazer a Operação Lava Jato para Brasília e o centro do poder federal numa escala de poder mais ampla do que nos tempos de Rodrigo Janot e Raquel Dodge _respectivamente, os dois últimos procuradores-gerais da República.
E para permitir a Moro participar da escolha do futuro procurador-geral da República que aliados de Bolsonaro avaliam que o futuro presidente poderá deixar de respeitar a lista tríplice feita pela ANPR (Associação Nacional dos Procuradores da República). Ou seja, se aceitar o Ministério da Justiça, Moro teria superpoderes no governo, a exemplo do que ocorrerá com Paulo Guedes no futuro Ministério da Economia. Teria carta branca de Bolsonaro para influir na formatação futura do Ministério Público, das polícias e do próprio Judiciário.
Nota oficial de Sérgio Moro:
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