A nomeação de Dilma Rousseff à presidência do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), conhecido como Banco dos Brics, é pauta efervescente nas manchetes nacionais. Justo: Dilma já foi eleita e reeleita chefe do Estado brasileiro. Está na memória popular. Mas, neste momento de troca de comando, é preciso valorizar, apesar de longe dos holofotes e dos embates eleitorais, um artífice do futuro deste país. O seu nome é Marcos Troyjo, antecessor de Dilma, economista e diplomata, quadro genial do Itamaraty cujo talento é o mesmo de Midas.
Troyjo deixa um legado impressionante para o Banco dos Brics e para o mundo: durante seu mandato, a instituição ampliou o protagonismo em áreas como energia renovável, transporte, tecnologia e inovação – criando um ambiente de tração para o desenvolvimento e a inclusão nas nações constituintes. Neste período, de quase três anos, o Banco também aumentou sua presença no mercado internacional, com a emissão de títulos e a captação de bilhões junto a investidores globais. Esse é o Troyjo que nós, brasileiros de todas as vertentes ideológicas, precisamos valorizar.
E aproveito a presente newsletter para contar sobre esse craque que conheço e com quem tenho o privilégio de conviver há quase duas décadas: meu amigo, uma das mentes mais brilhantes deste país, parceiro de uma série de missões internacionais nos debates do Grupo VOTO.
Lado a lado, apresentamos setores da indústria brasileira para os grandes líderes dos Estados Unidos, e foi pela notoriedade de Troyjo que promovemos um fórum para mercados internacionais na Columbia University, o BRICLab. Na sua companhia também, o Grupo VOTO patrocinou o Latin America Conference no Massachusetts Institute of Technology (MIT), uma das universidades mais renomadas do planeta. Juntos, tivemos a alegria de estar com o ex-presidente estadunidense Bill Clinton. Além disso, Troyjo foi articulista de macroeconomia da Revista VOTO por mais de uma década.
Pelo ser humano notável e pelo profissional extraordinário, reconheço neste amigo a dimensão da palavra orgulho: pela profundidade acadêmica e intelectual – que lhe garantiu notoriedade internacional –, e pelas habilidades empenhadas a favor do espírito público, contribuindo positivamente com o Governo Federal brasileiro. Mais recentemente, como Secretário Especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais do Ministério da Economia.
Agora, estou segura de que Troyjo começa algo novo e iluminado. Grande como sempre foi o seu potencial. Caberá à sua sucessora fazer o mesmo, dando seguimento a uma gestão potente, aberta e vigorosa no Brics.
O futuro é sábio àqueles que perpetuam o bem público.