Votação do IOF pressiona articulação política na Câmara

Em nova análise de Leonardo Barreto, especialista destaca que o governo corre o risco de perder seu principal elo na Câmara se não der suporte político a Hugo Motta.

Com Lula no G7 e Haddad de férias, o vazio de poder em Brasília coincide com a expectativa de que mais de 300 deputados votem a favor do PDL que derruba o decreto do IOF. Motta, pressionado por uma base conservadora já irritada pelo atraso nas emendas, reagiu tirando a relatoria do Orçamento 2026 de um aliado do Planalto e sinalizando distanciamento.

Para Barreto, o recado é claro: sem “recursos políticos” — verba, articulação e compromisso real com cortes de despesas — o presidente da Câmara não conseguirá segurar o avanço da oposição nem blindar o governo de novas derrotas. E Brasília segue em compasso de espera até que o Planalto decida se empodera ou abandona seu parceiro-chave.

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Este conteúdo integra o trabalho de análise e monitoramento de conjuntura política realizado por Casablanca e Think Policy. As opiniões expressas são de responsabilidade dos autores e não refletem, necessariamente, o posicionamento institucional da VOTO.