No mais recente Global Talent Competitiveness Index (GTCI), elaborado pelo Instituto Europeu de Administração de Empresas (Insead) em parceria com o Portulans Institute, o Brasil subiu uma posição, ocupando agora o 68.º lugar entre 135 economias.
O índice avalia a capacidade dos países de atrair, desenvolver e reter talentos. Na América Latina, o Chile lidera na 39.ª posição, seguido por Uruguai e Costa Rica. Singapura, Suíça e Dinamarca estão no topo do ranking, enquanto os Estados Unidos caíram da 3.ª para a 9.ª posição.
Desde sua primeira publicação, em 2013, o GTCI considera 77 indicadores, organizados em seis dimensões principais: habilitar, atrair, desenvolver, reter, habilidades vocacionais e técnicas e habilidades generalistas adaptativas. O índice deste ano dá atenção especial a sistemas de desenvolvimento de talentos que possam resistir a rupturas e incertezas.
O relatório deste ano também destaca a queda significativa de outras grandes economias. A deterioração da posição americana é atribuída à política migratória restritiva implementada durante a administração Trump, enquanto a China, que despencou do 40.º para o 53.º lugar, enfrenta limitações de mobilidade e à escassez de talentos internacionais.
Singapura se destaca por sua evolução no sistema educacional e por adotar uma abordagem futurista para desenvolver uma força de trabalho inovadora.
O Brasil ainda apresenta desafios significativos em seu ambiente de negócios e na atração e retenção de talentos. Seu desempenho no GTCI é particularmente fraco nos pilares de capacitação e atração de talentos. O país ocupa a 98.ª posição em efetividade do governo, a 124.ª em cooperação entre empregados e empregadores e a 104.ª em relação entre salários e produtividade.
O país apresenta um desempenho relativamente melhor na dimensão de crescimento e talento, onde ocupa a 56.ª posição. Nesse aspecto, destaca-se pelo uso crescente de redes virtuais profissionais como o LinkedIn.