A principal aposta do governo para ganhar a reeleição de 2026 é a isenção do IR, que foi sancionada hoje em uma sessão disputada.
A isenção do IR beneficiará principalmente quem ganha entre 2 e 5 salários-mínimos, uma faixa de eleitores que, hoje, tem uma rejeição ao governo Lula maior do que a média.
Segunda a última pesquisa Quaest, 50% dos brasileiros desaprovam e 47% aprovam o governo. Na faixa de renda que a isenção será concedida, o placar é de 53% x 45%.
A expectativa quanto aos efeitos da isenção do IR aumenta quando se considera que o nível de endividamento das famílias está no seu ápice – 78,8% estão endividadas e 30,4% possuem alguma dívida em atraso – e que as taxas de juros estão no maior patamar dos últimos 20 anos.
A combinação de endividamento e juros altos dificulta às famílias refinanciarem suas dívidas. Por isso, para quem é CLT e vai acessar a isenção de IR, janeiro começa com um alívio importante nas contas públicas.
Trata-se da principal aposta do governo de acessar um público refratário ao governo.
1. Para critérios de contingenciamento orçamentário, o governo deve mirar a banda inferior ou o centro da meta? Dependendo da reposta, será preciso achar R$ 34 bilhões a mais de arrecadação para fechar as contas em 2026.
Vale ler: https://valor.globo.com/brasil/noticia/2025/11/26/decisao-do-tcu-para-meta-fiscal-de-2026-promete-ser-apertada.ghtml
2. Os anúncios de demarcação de novas reservas indígenas promovem conflito com a FPA, que entrou com notícia crime contra Lula e o ministro Ricardo Lewandowski.
Vale ler: https://www.poder360.com.br/poder-seguranca-publica/ruralistas-apresentam-noticia-crime-contra-lewandowski-e-lula/
3. Sabatina de Jorge Messias traz questões institucionais como, por exemplo, sua posição sobre emendas parlamentares impositivas, algo que o STF já ensaia declarar inconstitucional. Articuladores dizem que o nome do AGU está com muita dificuldade. Nos bastidores, no entanto, o governo diz que já não tem orçamento e que todas as agências já são indicadas pelo Congresso. Se perder também a capacidade de fazer o STF, será o fim de fato do presidencialismo.
Vale ler: https://www.poder360.com.br/poder-congresso/senadores-vao-questionar-jorge-messias-sobre-emendas-impositivas/