Nesta quarta, 3 de dezembro, o Grupo VOTO reuniu cerca de 50 empresários e patrocinadores no Copacabana Palace, no Rio de Janeiro, para o último encontro do ciclo Brasil de Ideias em 2025. A escolha da cidade para fechar o calendário refletiu o reconhecimento de que o estado recuperou o protagonismo econômico perdido na última década, após ouvir as demandas do setor produtivo, modernizar sua legislação e remover barreiras que afastavam investimentos. Durante o encontro, o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Vinícius Farah, apresentou as premissas e os resultados desse processo de reconstrução.
Farah lembrou que, há poucos anos, o estado ocupava a 22ª posição na geração de empregos e perdia competitividade para vizinhos como Espírito Santo, Minas e Goiás. A partir de 2021, porém, o Rio atualizou 27 leis de incentivos fiscais, reativou a comissão que analisa novos pleitos e estabeleceu uma agenda clara de previsibilidade regulatória. Com isso, saltou para a 2ª colocação nacional em criação de vagas formais, mantendo o posto há três anos consecutivos.
Os efeitos dessa virada se espalharam pela indústria. A indústria automotiva cancelou fechamentos anunciados e retomou operações — a Jaguar Land Rover voltou a produzir a Evoque três meses após mudanças legais. Na siderurgia, a CSN e a ArcelorMittal anunciaram investimentos bilionários, contribuindo para que o Rio respondesse por 26,7% da produção nacional de aço em 2025. A diversificação também avançou, com a instalação de data centers de grande porte e a consolidação do estado como o segundo maior polo vitivinícola do país, graças a condições de solo que permitem duas colheitas de uva por ano.
Farah destacou ainda a digitalização da máquina pública — o Rio saiu do 19º para o 1º lugar no ranking nacional de governos digitais — e a melhoria fiscal que estabilizou pagamentos e aumentou a confiança do investidor. Os indicadores macroeconômicos reforçam esse cenário: PIB em alta acima da média regional, superávit comercial de mais de US$ 10 bilhões e projeção de 2,1 milhões de turistas internacionais até o fim do ano.
Para o empresariado presente, a mensagem foi clara: o Rio voltou a competir por investimentos com ambiente regulatório moderno, logística estratégica e portas abertas para novos projetos. “Nosso papel é criar condições para que o setor privado invista”, resumiu Farah. Hoje, com reformas consolidadas e confiança restaurada, o estado se reposiciona como um dos principais polos de oportunidades do país.