Na década de 80, uma canção em especial marcou época no mundo inteiro. We Are The World, uma criação coletiva de Lionel Ritchie, Michael Jackson e Quincy Jones cantada por um grupo inacreditável de celebridades da música internacional, conquistou corações e mentes no mundo todo. O grupo de cantores da música teve Lionel Ritchie, Stevie Wonder, Paul Simon, Kenny Rogers, James Ingram, Tina Turner, Billy Joel, Michael Jackson, Diana Ross, Dionne Warwick, Willie Nelson, Al Jarreau, Bruce Springsteen, Kenny Loggins, Steve Perry, Daryl Hall, Huey Lewis, Cindy Lauper, Kim Carnes, Bob Dylan, Ray Charles, Dan Akroyd, Harry Belafonte, Sheila E., Latoya Jackson, Bete Midler, John Oates, Jeffrey Osborne, todos sob a regência do maestro Quincy Jones.
A Noite que Mudou o Pop (The Greatest Night in Pop), que o cineasta vietnamita Bao Nguyen dirigiu a partir do precioso material de imagem e som sobre a épica gravação da canção We Are The World em um estúdio de Los Angeles – na madrugada de 25 de janeiro de 1985 – é uma joia escondida. Certamente é um dos melhores documentários hoje em cartaz na Netflix. O filme tem tudo o que se poderia desejar: h talento de sobra por conta da reunião dos grandes artistas da música pop por uma causa humanitária e egos em briga como a pequenez humana é perita em fazer.
Um dos pontos altos do filme foi a anotação que o Maestro Jones colocou na porta do estúdio: “Deixe seu ego aqui.” Como a vida poderia ser melhor se esse conselho fosse seguido em múltiplas situações. Mas também há grandes figuras que, deixando seus egos de lado, foram à luta para criar um dos maiores momentos da música e da cultura em todos os tempos. Emocionante. Não pode deixar de ser visto. Uma frase de Diana Ross, citada no final, a meu ver, resume tudo. “Eu não queria que isso acabasse.” Definitivo.
Marco Antônio Bezerra Campos é advogado, cinéfilo e editor do blog O Cinemarco