Pesquisa Poder Data mostra que apenas dez pontos percentuais separam Luiz Inácio Lula da Silva (PT) do atual presidente da República Jair Bolsonaro (PL) na corrida para o Palácio do Planalto do próximo ano. O levantamento, divulgado nessa quarta-feira, também antecipa que o ex-presidente Lula não ganha no primeiro turno. Se as eleições fossem hoje, Lula teria 40% em primeiro turno contra 30% de Bolsonaro. A margem de erro da pesquisa, realizada entre 19 e 21 de dezembro, é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. Ao todo três mil entrevistas por telefone foram feitas em 494 municípios nas 27 unidades da Federação.
O resultado diverge de levantamentos de outros institutos. Em pesquisa realizada pelo Ipespe, divulgada na última segunda-feira, a diferença entre Lula e Bolsonaro é de 20 pontos percentuais.
Ainda segundo dados do PoderData, o ex-juiz Sergio Moro (Podemos) aparece com 7%, à frente de Ciro Gomes e João Doria, ambos com 4%. Para vencer no 1º turno, Lula teria de ter mais do que a soma de seus adversários, que têm 49%. Confira o cenário abaixo.
40% – Lula (PT)
30% – Bolsonaro (PL)
7% – Moro (Podemos)
4% – Ciro (PDT)
4% – Doria (PSDB)
2% – Janones (Avante)
1% – Vieira (Cidadania)
1% – Tebet (MDB)
0% – d’Ávila (Novo)
0% – Pacheco (PSD)
5% – Brancos/nulo
6% – Não sabem
Divergências
Sobre divergências com pesquisas de outros institutos, o site Poder360 destaca dois casos que considera ilustrativos:
Marina Silva (Rede) em 2018
Em abril daquele ano, a então candidata da Rede registrava 15% em levantamentos feitos com a metodologia face a face (entrevistas pessoais) e 5% em algumas pesquisas do PoderData (estudos feitos por telefone, com perguntas gravadas). No 1º turno, Marina acabou com apenas 1% nas urnas.
Trump em 2020
O presidente dos Estados Unidos foi derrotado por Joe Biden por uma diferença de votos menor do que as pesquisas indicavam. Trump provoca reações efusivas de apoiadores e adversários. Pouco menos de um mês antes da eleição, a revista “The Economist” publicou artigo antecipando uma possível diferença entre pesquisas e urnas, apontando um fenômeno chamado “differential partisan non-response” (se o candidato que o entrevistado apoia está indo mal, o entrevistado mostra-se menos propenso a responder ao pesquisador”.