“Eu é que preciso dele”, diz Lula sobre Lira

calendar 11 de agosto de 2023
user Otavio Rosso

No evento de lançamento do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados, sempre será um adversário político, mas que é preciso estabelecer uma boa relação com ele.

Não é o Lira que precisa de mim, eu é que preciso dele, quando os ministros mandam seus projetos para colocar em votação“, disse Lula.

A fala veio após o líder do Congresso e outros políticos de partidos de oposição, como o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, receberem vaias de pessoas na plateia do Teatro Nacional. Lula ainda disse que ficou incomodado com as vaias e defendeu a civilidade no encontro. 

Quando fazemos um ato como esse, não é para nós do PT, não é para nós do governo, é para a sociedade brasileira. Eu me sentiria muito deprimido se um dia eu fosse em um ato em Goiás, convidado pelo [governador Ronaldo] Caiado, e o pessoal me vaiasse“, complementou Lula.

A cerimônia contou com a presença de 20 governadores de estados e diversos ministros do governo. Entre os governadores que não compareceram ao evento, estão as principais figuras da oposição, como Tarcísio de Freitas, de São Paulo, Romeu Zema, de Minas Gerais, Eduardo Leite, do Rio Grande do Sul, e Ratinho Júnior, do Paraná.

PAC terá R$1,68 trilhão nos próximos anos

Ao lançar o PAC, Lula afirmou que o anúncio marca o início simbólico de seu terceiro mandato no Palácio do Planalto. O programa contará com um investimento de R$1,68 trilhão em obras públicas, contanto com recursos federais, de empresas públicas e também da iniciativa privada. No entanto, o presidente deixou em aberto a possibilidade de novos projetos entrarem na iniciativa nos próximos meses.

O petista também criticou os pedidos de austeridade fiscal, que ele classificou como obsessivos. “Assumimos o compromisso moral, neste novo PAC, de retomar a construção de milhares de obras, e não deixar mais que a falta de gestão ou a austeridade fiscal quase obsessiva interrompam pela metade os anseios mais justos da nossa população“, afirmou.

VEJA TAMBÉM