A Câmara dos Deputados aprovou, por 345 votos a 76, o texto-base da Medida Provisória 881/2019, que dispõe sobre a Liberdade Econômica. Os destaques serão votados ao longo desta quarta-feira (14), mas não devem alterar a essência da MP, que visa desburocratizar a rotina das empresas, fomentar a criação de postos de trabalho e melhorar o ambiente de negócios no País. Após, o texto seguirá para o Senado Federal, onde precisa ser validado até 27 de agosto.
O secretário especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia, Paulo Uebel, trabalhou com maestria nos bastidores da aprovação do texto-base. Em entrevista à reportagem da Voto, Uebel destacou que está otimista em relação ao Senado e considera o resultado na Câmara uma vitória para a equipe econômica do governo, liderada pelo ministro Paulo Guedes. “Essa aprovação é fundamental para o futuro do Brasil. A Câmara manteve o texto original e fez melhorias importantes”, avalia o secretário.
Os principais pontos mantidos são a carteira de trabalho digital; a dispensa de alvarás prévios de funcionamento para prestadores de serviços e pequenos comerciantes; a criação de um sistema digital de emissão de receitas por médicos do SUS; e a possibilidade de utilizar documentos digitalizados com o mesmo valor dos originais. Sobre o trabalho aos domingos e feriados, fica estabelecida folga em pelo menos um domingo por mês.
O relator da MP, deputado federal Jerônimo Goergen, prevê que a proposta ajude reduzir o número de desempregados em até 4 milhões nos próximos dez anos. “O Estado não pode atrapalhar quem gera emprego e renda. Nosso trabalho foi incansável no sentido de afastar qualquer risco de inconstitucionalidade do texto. Foi um grande momento para o Brasil”, considera Goergen, que passou a terça-feira alinhando com líderes dos partidos todas as questões necessárias para evitar futuras judicializações.
Foram retirados do texto da MP da Liberdade Econômica, os seguintes pontos:
O Grupo Voto apoia a Medida Provisória da Liberdade Econômica. Trata-se de uma mudança estrutural necessária para o Brasil avançar.
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil