O presidente Michel Temer se pronuncia pela primeira vez desde que foi alvo de uma série de denúncias na noite de ontem. “Não renunciarei. Sei o que fiz e sei da correção dos meus atos” Ele é acusado de ter dado o aval para silenciar Eduardo Cunha. Além dele, Aécio Neves também foi citado em delação premiada.
O presidente afirma que esperou até hoje para falar porque queria saber do que se tratavam os documentos da delação da JBS. “Não temo nenhuma delação, nada tenho a esconder”, garantiu ele. Ele foi desaconselhado pelos ministros mais próximos a não renunciar, embora reconheça a interlocutores que a situação é de “ingovernabilidade”.
Ele fez um pronunciamento motivado pela delação premiada dos empresários Joesley e Wesley Batista, donos da JBS. As delações já foram homologadas pelo Supremo Tribunal Federal. Nesta quinta, o ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no STF, autorizou a abertura de inquérito para investigar o presidente.
“No Supremo, mostrarei que não tenho nenhum envolvimento com esses fatos. Não renunciarei. Repito: não renunciarei. Sei o que fiz e sei a correção dos meus atos. Exijo investigação plena e muito rápida para os esclarecimentos ao povo brasileiro. Essa situação de dubiedade e de dúvida não pode persistir por muito tempo”, declarou.
https://www.facebook.com/AgoraNoPlanalto/videos/910941192377081/
Áudio da conversa entre o presidente Michel Temer e o dono da JBS: A partir de 11 minutos