A Organização Mundial de Saúde (OMS) anunciou, nesta quarta-feira (3), que vai retomar os testes com a hidroxicloroquina em pacientes do coronavírus. Os testes haviam sido suspensos temporariamente no dia 25 de maio, dias após a revista científica The Lancet publicar um estudo que apontava que pacientes internados com covid-19 tinham mais riscos de morte ao utilizarem a droga. O estudo, atualmente, está sendo reexaminado após a publicação demonstrar preocupação com os dados usados no estudo.
Em entrevista coletiva nesta quarta-feira , o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou que o Comitê de Monitoramento da entidade não encontrou motivos substanciais para descontinuar a pesquisa com a droga, e seguirá acompanhando estudos sobre a hidroxicloroquina. “A OMS está comprometida em acelerar o desenvolvimento de terapias efetivas, vacinas e diagnósticos como parte do nosso comprometimento de servir ao mundo com ciência, soluções e solidariedade”, colocou Ghebreyesus.
Trump x OMS
A decisão de retomar os testes com a droga acontece pouco depois de o presidente norte-americano Donald Trump anunciar que romperia as relações com a entidade. Além de apoio político, a OMS deixaria de receber um valor entre US$ 400 e US$500 milhões.
Trump já se mostrava descontente com o trabalho feito pela OMS no combate à pandemia do coronavírus durante os últimos meses. Dentre as discordâncias, estavam o modelo de isolamento social proposto pela entidade, e o uso da hidroxicloroquina para tratar a doença.