Tarcísio pode deixar Republicanos caso partido integre base de Lula

Uma reunião entre Tarcísio de Freitas e o presidente nacional do Republicanos, Marcos Pereira, deve selar o futuro do governador de São Paulo no partido. A sigla negocia uma aproximação com o governo Lula no Congresso em troca de uma reforma ministerial que inclua alguns de seus quadros. No entanto, o movimento não tem a aprovação de Tarcisio, que cogita migrar para outro partido.

“Sou contra. Não gostaria de ver meu partido fazendo parte da base do governo”, disse o governador em evento no Palácio dos Bandeirantes na última quarta-feira. O deputado Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) é o favorito para comandar o Ministério do Esporte após a reforma nas pastas do governo petista.

A seus interlocutores, Tarcísio tem demonstrado incômodo com a situação. O governador é cortejado por outros partidos do campo conservador desde o início de sua gestão. PSD e PP apareceram como possíveis destinos, porém, o primeiro já ocupa ministérios do governo, e o segundo deve ser agraciado com pastas na reforma. Nesse cenário, o PL desponta como o principal destino do ex-ministro de Bolsonaro.

Apesar dos rumores, Tarcísio ainda nega uma possível candidatura presidencial em 2026. Em entrevista ao Flow Podcast, ele afirmou que não é pré-candidato, e que Bolsonaro deverá apontar os rumos da direita. “Não preciso ser candidato à Presidência, não serei e vou apoiar quem o Bolsonaro apoiar. Elegível ou não elegível, a gente não sabe o que vai acontecer depois no futuro“, disse.

Apesar de tentar acenar ao bolsonarismo e ao centro, Tarcísio de Freitas não se mantém próximo às articulações com partidos e parlamentares, preferindo se dedicar a temas como concessões e obras.

Outro possível presidenciável em 2026, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo) também afirmou que não pensa em uma candidatura. “Prefiro apoiar alguém do que ser candidato”, disse em julho.