O indicador de atividade do comércio apontou que, na comparação com o mesmo período do ano passado, as vendas do comércio físico brasileiro no primeiro semestre deste ano aumentaram 10,1%. A Serasa Experian afirmou que este é o maior aumento em seis meses desde 2010.
No entanto, segundo Luiz Rabi, economista da Serasa Experian, essa alta observada é uma recuperação apenas parcial, “pois não compensa a queda expressiva relacionada a pandemia em 2020”.
Esse crescimento foi impulsionado pelas indústrias de móveis, eletrodomésticos, eletroeletrônicos e informática, que cresceram 13,6% no período. A queda concentrou-se principalmente nas áreas de tecidos, vestuário, calçados e acessórios, que recuaram 6,5% no mesmo período.
Crescimento mensal
Em junho, o indicador de atividade comercial da Serasa Experian cresceu 1,1% em relação ao mês anterior. Os setores de tecidos, vestuário, calçados e acessórios tiveram forte desempenho, com alta de 30,9%, impulsionando as perspectivas positivas do índice.
“Com o alto nível de desemprego e a diminuição do auxílio emergencial, as pessoas ainda estão seguindo o modelo de consumo por necessidade, o que afeta as vendas do varejo. A alta expressiva do setor de tecidos, vestuários, calçados e acessórios pode estar ligada ao período de frio iniciado em junho, que reforçou a demanda por esses itens”, disse Rabi.