Um dia depois da renúncia de José Mauro Coelho da presidência da Petrobras, o ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, disse que não é possível interferir no preço dos combustíveis da estatal. A declaração foi dada nesta terça-feira (21) em audiência pública na Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados.
Sachsida ressaltou que os preços praticados são uma decisão da empresa.
“É difícil para a população entender por que o governo não interfere nos preços dos combustíveis. Não é possível interferir no preço dos combustíveis. Não está no controle do governo. Preço é decisão da empresa e não do governo. Temos marcos legais que impedem a interferência do governo, mesmo sendo acionista majoritário”, disse o ministro.
O ministro também apresentou números que mostram que a Petrobras teve lucro líquido acima das demais petroleiras no primeiro trimestre, e que está pagando mais dividendos em relação a outras companhias do mundo. O ministro defendeu que a empresa faça sacrifícios para conter reajustes de combustíveis. Segundo ele, o governo e os estados já estão dando sua contribuição ao reduzir a tributação.
“Os estados estão fazendo sacrifício, o Congresso e o governo, é natural que a Petrobrás também o faça”, defendeu Sachsida.