Deputados de São Paulo tomam posse com 41,4% de renovação

O Partido Liberal (PL), da base do governador Tarcísio de Freitas, tem a maior bancada da Alesp, com 19 parlamentares

Nesta quarta-feira (15), os 94 deputados estaduais de São Paulo foram empossados na Assembleia Legislativa paulista. A posse aconteceu com mais de um mês de atraso em relação ao restante do País. Os parlamentares recém-eleitos terão o mandato mais reduzido, já que, a partir de 2027, as cerimônias passarão a acontecer em 1º de fevereiro. A mudança foi proposta e aprovada pela própria Alesp em 2019.

A maior bancada é formada pelos partidos de base do ex-presidente Jair Bolsonaro e do atual governador, Tarcísio de Freitas (Republicanos). O Partido Liberal (PL) elegeu 19 deputados – 13 a mais do que entre 2018 e 2022. Em segundo lugar, está a oposição – o Partido dos Trabalhadores (PT), que conta com 18 parlamentares. Nos últimos quatro anos, foram dez. O Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) elegeu nove deputados, enquanto que o Republicanos e o União Brasil, oito.

PSDB de fora após quase 30 anos

Após 28 anos no comando da Assembleia Legislativa de São Paulo, o PSDB deixa o cargo para o pupilo de Waldemar Costa Neto, presidente nacional do PL. André do Prado ganhou o aval de Costa Neto e do governador Tarcísio de Freitas. O parlamentar do PL também recebeu apoio do PT e de outros partidos de oposição quando prometeu respeitar a proporcionalidade. A regra estipula que cargos da mesa diretora sejam ocupados de acordo com o tamanho das bancadas. O PT é a segunda maior da Alesp.

Índice menor de renovação

39 parlamentares assumem pela primeira vez um mandato, representando, assim, 41,4% do contingente eleito. O índice de renovação da Alesp é inferior ao dos anos anteriores. Em 2022, foram reeleitos 55 deputados. Em 2018, foram 50 novos nomes.

Novos recordes

A partir de agora, a configuração da Alesp tem o maior número de negros e pardos eleitos desde que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) começou a coletar dados de autodeclaração étnico-racial: foram 7 em 2014, 10 em 2018 e 18 em 2022.
Já o número de mulheres aumentou de 11 em 2006 para 25 em 2022, também sendo o maior já registrado. O estado de São Paulo, segundo recenseamento, hoje tem uma população feminina que corresponde a 51,34% dos habitantes.